segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O QUE É LEITURA???


O que é Leitura? apresenta de início tipos de leitura, não somente ler palavras, mas fazer leitura de situações, sobretudo lutar para não nos tornarmos seres alienados. Em seguida nos explica de forma bastante curiosa que se não temos costume de ler podemos iniciar a qualquer momento, observando o que temos a nossa volta, aguçando nossa curiosidade de sermos autônomos ?... deixar de ler pelos olhos de outrem.? Cita também exemplos de como pessoas notórias deixaram-se apaixonar pela necessidade da leitura,e, posteriormente alguns se tornaram escritores. O assunto leitura se desenvolve em meio a críticas severas ao sistema de ensino de alfabetização e letramento. O livro nos remete a uma reflexão na falta de humanização do sistema educativo, quando se centraliza o saber ao invés do educador ajudar a desenvolver seus educandos. Podemos até imaginar, enquanto lemos o livro que nossos professores de ensino fundamental ou médio nos pediam para ler um livro e fazermos um resumo, resenha, síntese, enfim coisas que nunca nos explicaram ?como se faz? , mas queriam e pronto, assim como: - ?se virem?, os estudantes são vocês e o vestibular vem aí. Por isso a necessidade do ?decoreba?. Somos levados a crer que o processo de alfabetização e letramento dura a vida inteira independente de condição social, bastando para isso ler e querer ler, construir conhecimento pessoal amando a vontade de saber mais com curiosidade buscando sentidos mais construtivos e alavancantes das palavras, respeitando, no ato da leitura, a subjetividade interior e a objetividade exterior. Sem querer conceituar ou definir, mas discutir de o porquê da leitura, o livro nos apresenta três níveis de leitura que se relacionam, sem hierarquia, ao mesmo tempo, são eles: sensorial, emocional e racional. O nível sensorial traduz no primeiro contato com o texto ou situação. O nível emocional nos leva a interpretação subjetiva que o nível sensorial nos trouxe, enquanto que o nível racional (presente em textos narrativos) busca a interpretação correta, a objetividade dentro da situação ou texto em leitura. Pensando bem caso venhamos a ler um livro, assistirmos a um filme ou ouvirmos uma canção mais de uma vez poderemos ter várias interpretações, porque na combinação desses níveis apresentados serão em doses diferentes, abrindo espaço para um nível predominante. Não obstante as novas leituras também trarão novas interpretações porque adquirimos mais maturidade e isso facilita melhor entendimento do texto lido: novas possibilidades ? novas reflexões. O livro também nos evoca a considerar se a leitura é importante o passo seguinte seria tentar produzir textos, ou seja deixar de consumir a forma de como os autores lidos vêem o mundo para criar demonstrando como podemos analisar o que está a nossa volta.

LEITURA:MUITO IMPORTANTE NA ESCOLA


RESUMO
Desde a história até a atualidade, a relação entre escola e literatura infantil vem se transformando constantemente. Neste processo estão envolvidos dois personagens que merecem ser analisados: o professor e a criança. Este alvo está sob influências de ambos e merecem grande atenção porque a relação entre o professor e a criança faz nascer a aprendizagem. Portanto a discussão presente tratará aspectos como a formação do leitor, como trabalhar a literatura, o que possibilita a leitura e como se desenrola toda uma trama que enovela fatos do passado, do presente e do futuro.
Palavras-chaves: Literatura infantil, escola e criança.



1. INTRODUÇÃO
Quem já não se imaginou calçando um sapatinho de cristal e levando doces à casa da vovó? Quem um dia não viu o patinho feio e o achou belo? Quem não quis nunca casar com uma princesa ou ser beijada por um príncipe?
Muitos de nós fomos conversar com Pedrinho e Narizinho lá no Sítio do Pica-Pau Amarelo e até concordaram com várias idéias brilhantes da boneca Emília, sempre refletindo e falando aquilo que lhe é conveniente. Vivemos muitos momentos mágicos ao ler uma história!
Ler livros de literatura infantil é descobrir a passagem para um mundo não só de fantasias, mas também de realidades. Ler histórias nos permite vivenciar essas experiências em diferentes momentos, não participando enquanto personagem delas, mas como leitor.
Elas nos fazem refletir sobre esse mundo ficcional e também sobre o mundo que nós vivemos, nos levando a estabelecer relações entre eles, ou seja, vemos o que acontece e o que é possível acontecer. Então formamos nossas opiniões, conceitos e idéias através de vozes diferentes, que percorrem os tempos e também todo o planeta.
Porém, enquanto educadores em formação, nos cabe perguntar: como começou essas histórias, ou melhor, qual a história que fez surgir as histórias de literatura infantil? Como podemos usá-las em nossas escolas? E por fim, pra que elas servem?

2. DESENVOLVIMENTO

.2.1 – UM OLHAR HISTÓRICO SOBRE A LITERATURA INFANTIL
O mundo da literatura infantil é mágico. Digo isto porque as palavras têm o poder de nos envolver e transportar para um lugar que não é só imaginário, mas também é real. É real porque se pode viver um momento ímpar, mesmo que ele seja fruto de um imaginar, sentir, fruir, aprender ou sonhar...
Porém, esse entendimento nem sempre perpassou as cabeças dos homens durante o passar dos tempos. Quando surgiu a literatura infantil e também a escola, a ideologia que ambas possuíam era controlar o desenvolvimento intelectual da criança, manipulando suas idéias e sentimentos.
Esse pensamento baseava-se na concepção de infância que estava em voga no final do século XVII e durante o século XVIII, época em que foram escritos os primeiros livros para crianças, pois antes disso, não existia tal idéia. Os pedagogos e professores escreveram os primeiros textos para crianças e eles possuíam um forte intuito educativo.
Em meio a Idade Média surgia um novo conceito de família, que consistia na idéia de família nuclear moderna, a unicelular, a qual valorizava o aspecto doméstico, o casamento, a educação de herdeiros, a privacidade. Ele construiu uma identidade através da intimidade, reforçando as relações de parentesco e aflorando o afeto entre seus membros, surgindo uma atenção especial à infância. Então esta se tornou o eixo básico desse modelo doméstico de família, e ela materializou sonhos dos adultos.
O que na verdade eram sonhos para os adultos não passavam apenas de idéias descabidas, mas que eram vistas pelos adultos como atitudes conscientes das crianças. Estes sonhos seriam tudo o que eles desejavam, refletiam a idéia de conservação da pureza das crianças durante a infância, estágio tão belo da vida, em que não há a preocupação com a idéia de sustentar uma família, apenas de consumir, como se elas o fizessem pelo simples motivo de explorá-los. Os sonhos correspondiam a esta utopia, colocando nas entrelinhas que a criança somente daria prejuízos, fortificando a superioridade do adulto, tornando-a frágil e manipulável.
Nesse sentido, é possível compreender a concepção de literatura e escola citadas inicialmente. A escola teve o papel de introduzir a criança na vida adulta, reunindo-as em grupos com características semelhantes. Ela também teve de protegê-la das maldades do mundo, tendo o professor como uma autoridade. Assim, a concepção de infância da época comunga com as palavras de Bernard Charlot[3], “...a criança define-se assim, ela própria, com referência ao que o adulto e a sociedade querem que ela seja e temem que ela se torne, isto é, do que o adulto e a sociedade querem, eles próprios tornar-se.”
Essa escola não trabalhava com a realidade do mundo infantil e negava a convivência social, apenas ensinando-lhe as normas. Essa educação normativa manifestava os ideais burgueses, ou seja, colocava as regras ditadas por aqueles que tinham o poder. Essa burguesia, que estava em ascensão nos séculos XVIII e XIX, estava também diretamente ligada à expansão e ao aperfeiçoamento do ensino escolar e também ao surgimento de uma pedagogia controladora.
O professor, nesse sentido, colabora no processo de dominação, submetendo-se a vontade de classes poderosas. Assim, não podemos negar que a literatura infantil, a escola, bem como o livro, compartilhavam uma mesma função, reproduzindo o mundo adulto. Esse adulto interferia no mundo imaginário da criança incutindo ideologias e impedindo a reflexão.
Os textos produzidos para a escola se revelavam, nas palavras de Regina Zilberman,[4] como “... um manual de instruções, tomando o lugar da emissão adulta, mas não ocultando o sentido pedagógico”. Portanto, com a entrada do livro na escola, a sociedade quis produzir seres dependentes que adotam normas impostas sem discuti-las.

2.2 E O TEMPO PASSOU
O caráter normativo dado à literatura, atualmente mudou. Hoje falamos de uma educação formativa. A escola, o livro, bem como a literatura infantil, e as relações entre eles e as suas especificidades estão dirigidas à formação de um indivíduo, mesmo que essa seja conformar-se com o pensamento existente.
A literatura, através da ficção, reproduz uma realidade vivida pelo leitor no cotidiano, possibilitando um diálogo com ele. A escola, através das diferentes áreas do conhecimento apresenta a realidade. Neste sentido, ambas não se identificam, apesar de se completarem por terem um fim pedagógico e um único objetivo: o ensino e a aprendizagem.
Numa articulação entre escola, literatura e livro indicamos que eles se entrelaçam. A escola sempre teve a função de reproduzir aspectos sociais para adestrarem os alunos, para que eles obedecessem aos padrões ideais. Hoje ela tem a função de transformar a sociedade, revendo esses valores, padrões e ideais pregados por uma educação normativa.
A literatura infantil, que conforme a idéia de Cecília Meirelles “...é um exercício de poética e beleza, que é escrito para qualquer pessoa e que possa agradar a criança”[5], permite através do auto-estranhamento a reflexão e a análise que, em conjunto com a escola, pode conseguir desequilibrar e formar novas estruturas que levem o sujeito a pensar com criticidade e elaborar opiniões próprias.
Porém, sem o registro dessa literatura através dos livros, não haveria como esta chegar à escola, pois a língua oral, a memória, tem seu valor, contudo é efêmera. O que é impresso, escrito, permanece na vida dos homens muito mais tempo. Livros deixam de ser materiais de instrução e passam a carregar heranças da história, do presente e do futuro.
O aluno, que muitas vezes chega à escola sem conhecer a literatura e o livro, tem a oportunidade de relacionar-se com novas possibilidades de crescimento. Sendo assim, a escola é um espaço para estabelecer uma relação entre literatura, livro e criança.
Vejam então a responsabilidade do professor. Ele precisa propor atividades que façam a criança refletir e construir conhecimentos a partir da literatura infantil, porém necessita estar atento também a qualidade dos livros a serem trabalhados.
O professor deve estar consciente que ler histórias para crianças não é só propor uma aprendizagem. É propor que as crianças se tornem leitoras, andando por um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo.
Ler histórias para criança é sempre oportunizar que elas possam sorrir e dar gargalhadas com situações vividas pelos personagens, com idéias de um conto ou com o jeito de escrever do autor, e então ser um pouco cúmplice deste momento de humor, de brincadeiras, de fruição. É também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida e, responder a tantas perguntas e encontrar outras idéias para solucionar questões que incomodam o ser humano durante a infância (como os personagens fizeram.).

2.3 O PROFESSOR E SEU TRABALHO COM A LITERATURA INFANTIL
O professor tem em suas mãos a tarefa de propor ao aluno situações de aprendizagens para (re) construção do conhecimento. A literatura infantil é um instrumento que contribui para elaboração destas situações. Sendo assim, é importante que ele tenha conhecimentos sobre este elemento tão importante e também saiba como utilizá-lo de forma que se preserve a função real da literatura.
Um projeto que privilegie a literatura infantil, segundo Nelly Novaes[6], deve ter claro a concepção de infância, enxergar a literatura como um fenômeno da linguagem, estabelecer relações entre literatura, história e cultura, entender a leitura como um diálogo entre o leitor e o texto tendo consciência que a escrita é fruto dessa leitura e olhar a escola como um espaço privilegiado.
O trabalho com a literatura infantil, como a própria Regina Zilberman[7] coloca, "...desemboca num exercício de hermenêutica, uma vez que é mister da relevância ao processo de compreensão, pois é esta que complementa a recepção, na medida em que não apenas evidencia a captação de um sentido, mas as relações que existem entre a significação e a situação atual e histórica do leitor."
Assim convém ao professor estabelecer critérios para a seleção do livro a ser trabalhado em sala de aula. Ele deve estar atento à escolha do texto e sua adequação ao leitor considerando sua qualidade estética e não veiculando ela apenas ao ensino de regras gramaticais ou normas de obediência. As crianças necessitam ler bons textos para compreenderem a literatura como um meio de pensar a realidade e não de apenas vê-la como algo imutável, com regras a serem obedecidas. E, além disso, enxergar estes textos com um elemento que não traz o ensino da língua como um único fim.
Sendo assim, além da qualidade estética, deve-se considerar o aspecto inovador da obra, assinalando aquilo que vivemos, mas desconhecemos. É relevante analisarmos o enredo, os personagens, os valores impressos, porém é mister notar que “é esta coincidência entre o mundo representado no texto e o contexto do qual participa seu destinatário que emerge a relação entre a obra e o leitor” 7. E este é o principal critério a ser considerado: escolher um livro que faça nascer uma relação entre ele e a criança, que dificilmente será rompida com o passar do tempo.
Contudo estes critérios não são uma maneira de estar trabalhando determinados gêneros literários, e sim de dar abertura à criança para se envolver com aqueles que teriam mais afinidade. Portanto, cabe ao professor oferecer estes diferentes gêneros como os contos de fadas, fábulas, lendas, poemas e outros.
Cada um destes gêneros traz diferentes valores a serem considerados pelo professor. Estes vêm mudando conforme a realidade que se vive, atualmente, correspondendo ao:
a) Espírito solidário, que enxerga o sujeito como parte do todo;
b) Questionamento da autoridade como poder absoluto;
c) Sistema social de transformação, elevando o “ser” sobre o “ter”;
d) Moral da responsabilidade, na qual o sujeito procura agir conscientemente em relação ao outro;
e) Sociedade sexófila, tratando o sexo como algo natural do ser humano;
f) Redescoberta do passado; vendo a origem das relações do ser humano;
g) Evolução contínua da vida, vendo a morte como uma transformação e não um fim;
h) Valorização da intuição fazendo desaparecer os limites entre a realidade e imaginação;
i) Anti-racismo, uma forma de reconhecer as diferenças raciais;
j) A criança é um ser em formação.
É importante lembrar que vários livros trabalham valores inversos a estes, e que é interessante confrontá-los para se perceber a coerência de determinados aspectos com a realidade existencial. E o gênero literário pode ajudar neste trabalho, retratando a essência da função dos textos literários.

2.4 GENÊROS LITERÁRIOS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Um elemento essencial na formação da criança é a leitura. Ler é o que proporciona, ao longo de nossa existência, as condições para o crescimento do homem. Werner Zotz, em uma entrevista a Sueli Cagnetti coloca que a leitura “...desenvolve a reflexão e o espírito crítico. É fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao mundo. Propicia o crescimento interior. Leva-nos a viver as mais diferentes emoções, possibilitando a formação de parâmetros individuais para medir e codificar nossos próprios sentimentos.”[8]
Assim, é o necessário pensar: o que ler? Por que ler e para que ler? Estes dois últimos questionamentos foram respondidos no parágrafo anterior, porém o que ler é algo a ser pensado.
Tratando-se do projeto de literatura infantil do qual vimos discutindo nos remeteremos essencialmente aos gêneros literários. Estes gêneros, foram determinados, na antigüidade por Aristóteles, o lírico, o narrativo e o dramático. O gênero lírico abrange as poesias, com elegias, sonetos, odes, madrigais e baladas. O narrativo trabalha a ficção, com contos, romances , novelas, fábulas, mitos, lendas e outros. E o dramático, abrange o teatro com a ópera, a farsa, a tragédia, a comédia...
Vários elementos determinam a singularidade de cada um deles, no entanto todos provêm da idéia de que a realidade precisa ser analisada e questionada, bem como discutida, elogiada e vivenciada.
Sendo assim reforçamos a idéia de que a leitura, conforme estes gêneros, deve ser vista, vivida, falada, ouvida, contada.

2.5 LITERATURA INFANTIL E ESCOLA: UM PONTO DE VISTA
Trabalhar com a literatura infantil na escola é abrir as cortinas do mundo para uma platéia de seres que buscam a construção do ser como sujeitos de uma sociedade. Cabe ao professor deixá-los sedentos de descobertas. Através da leitura como fruição haverá a reflexão, e por fim a aprendizagem. A literatura infantil fará com que essa aprendizagem sirva para a constituição de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.
O professor precisa ler para que seus alunos possam ser possuídos pelo texto e assim se apaixonem pela literatura infantil. A escola, representada na sala de aula pela sua pessoa, tem essa responsabilidade: de fazer os alunos se apaixonarem não só pela literatura, mas também pela leitura.
Ao trabalhar projetos que privilegiem a literatura infantil nas escolas, possibilitamos a emancipação do ser pelo saber, rompendo a idéia que deu origem à escola e á literatura: a manipulação deste mesmo ser.
Portanto, devemos esquecer o trabalho com fichamentos, a interpretação com perguntas e respostas, pois estaremos matando o gosto pela leitura.
Werner Zotz,[9], coloca que a escolha do livro pelo próprio leitor é, inicialmente, um bom começo para construir uma relação entre ambos. Os fichamentos não são a única forma de avaliar o rendimento do aluno quanto a leitura, que por sua vez deve ser tomada como um conteúdo para trabalhar na escola. Os debates, leitura crítica e comparativa de jornais, dramatização visitas a biblioteca, conversas com o autor do livro, são idéias para trabalhar o livro em sala, desenvolvendo no aluno a capacidade de pensar e crescer. Assim, avaliar o rendimento da leitura é inútil enquanto não temos alunos que encontrem o prazer no ato de ler. Os livros não podem servir de pretexto para uma simples avaliação.
E para que seja descoberto este prazer podemos usar os contos de fadas, contos maravilhosos, jocosos, acumulativos, as fábulas, os poemas, lendas, mitos, alegorias e até histórias em quadrinhos. Com este repertório, podemos oferecer à criança conhecimentos sobre os diferentes tipos de textos, e escolherá ler aquele que terá mais afinidade, espontaneamente, pois um leitor se forma de diferentes maneiras.
Neste sentido cabe ainda discutir: se tanto precisamos fazer pela construção do leitor considerando a literatura infantil como um caminho a ser usado pela escola, qual deve ser a formação do professor?
Usar a literatura infantil na escola pede que se tenha um professor com os conhecimentos necessários para trabalhar em sala de aula com as crianças. Eles precisam, em sua formação inicial e também continuada, de possibilidades que demonstrem como usar a literatura em função da formação do ser.
Assim, concordamos com as palavras de ZILBERMAN[10] quando coloca que é necessário “...a introdução da literatura infantil alçada à condição de participante do currículo do ensino universitário”. O professor deve estar repertoriado para poder desenvolver um bom trabalho com a literatura infantil e garantir que a função dela seja efetivada.
3. E PARA TERMINAR..

A literatura infantil na escola possibilita que se faça cumprir o ideário de educação tão comentado na atualidade: a literatura infantil na escola possibilita que se faça cumprir o ideário de educação tão comentado na atualidade: a transformação. A escola necessita de elementos que façam cumprir este ideal. Sendo assim, pode contar com a principal função da literatura infantil: refletir sobre a realidade, desmontando-a e remontando-a na busca da formação de opiniões críticas que questionem a situação real em que se vive.
Assim podemos concluir que além de haver um novo caminho a ser seguido pela escola, estará se rompendo a concepção tradicional de educação. O ser humano terá na escola o movimento que contribuirá efetivamente com seu processo de humanização e hominização.
Isso é possível através da íntima relação existente entre a literatura e a leitura. Esta relação é um caminho que ajuda a garantir aspectos importantes para formação do leitor, segundo Zotz[11] o acesso à leitura como direito de todos, como processo contínuo de aprendizagens, como formador de seres pensantes e como lazer.
Portanto, enquanto professores em formação, a oportunidade de refletir sobre a literatura infantil na escola, com certeza contribuirá para abrir caminho à concretização do objetivo da educação, da escola e da própria literatura: formar leitores. Leitores críticos que façam acontecer a transformação da nossa sociedade.

LEITURA:MUITO IMPORTANTE


Ler é essencial. Através da leitura, testamos os nossos próprios valores e experiências com as dos outros. No final de cada livro ficamos enriquecidos com novas experiências, novas ideias, novas pessoas. Eventualmente, ficaremos a conhecer melhor o mundo e um pouco melhor de nós próprios.
Ler é estimulante. Tal como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assustadores, e por vezes, complicados. Os livros partilham sentimentos e pensamentos, feitios e interesses. Os livros colocam-nos em outros tempos, outros lugares, outras culturas. Os livros colocam-nos em situações e dilemas que nós nunca poderíamos imaginar que encontrássemos. Os livros ajudam-nos a sonhar, fazem-nos pensar.
Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros. Na escola aprendemos gramática e vocabulário. Contudo, essa aprendizagem nada é comparada com o que se pode absorver de forma natural e sem custo através da leitura regular de livros.
Alguns livros são simplesmente melhores que outros. Alguns autores vêem com mais profundidade o interior de personagens estranhas, e descrevem o que eles vêem e sentem de uma forma mais real e efectiva. As suas obras podem exigir mais dos leitores: consciência das coisas implicadas em vez de meramente descritas, sensibilidade às nuances da linguagem, paciência com situações ambíguas e personagens complicadas, vontade de pensar mais profundamente sobre determinados assuntos. Mas esse esforço vale a pena, pois estes autores podem proporcionar-nos aventuras que ficam na nossa memória para toda a vida.